“Brain Rot” é uma expressão informal em inglês que significa ”apodrecimento cerebral”. Na cultura contemporânea o termo é usado como forma crítica para descrever o consumo excessivo de conteúdo superficial como vídeos curtos (Tik Tok, Reels), memes ou entretenimento de baixa qualidade. Pode também estar ligado a um “entorpecimento mental” causado por hábitos digitais repetitivos, como rolar redes sociais.
Brain Rot tem um impacto na atenção e no aprendizado porque o consumo constante de conteúdo rápido e superficial pode, em alguns casos, reduzir a capacidade de atenção sustentada, prejudicando o desempenho escolar. Por outro lado, estudantes acostumados com estímulos imediatos podem ter dificuldade em lidar com textos longos, aulas expositivas ou raciocínio complexo.
Em vez de procurar um conhecimento mais profundo, muitos jovens e até adultos estão optando por gratificações instantâneas, o que limita o desenvolvimento de habilidades cognitivas mais elaboradas, como o pensamento crítico e a reflexão.
O contraste entre o ritmo dinâmico das redes sociais e o ritmo mais lento do estudo pode levar à percepção de que “aprender é chato”, dificultando o engajamento com a educação formal.
Como podemos tentar resolver esse impasse? A educação é a ferramenta ideal para isso. Para isso deve-se
- Ensinar o uso consciente da tecnologia;
- Trabalhar com projetos de alfabetização digital e midiática, que ajudam os alunos a distinguir entre conteúdo útil do inútil, verdadeiro do falso.
- Incentivar a leitura crítica, o pensamento reflexivo e o uso produtivo da Internet.
As estratégias possíveis para se lidar são:
- Educação Midiática ensina a filtrar e questionar o conteúdo digital
- Hábitos de leitura: reforça a atenção e a profundidade cognitiva;
- Aprendizado ativo: promove engajamento com o conteúdo, levando o aluno a não ser passivo frente aos conteúdos;
- Detox digital: reduz o tempo de exposição aos conteúdos superficiais;
- Uso criativo da tecnologia: utilização de ferramentas digitais para produzir conteúdos, e não apenas consumir.