A família desempenha um papel crucial na ajuda a um agressor de bullying, pois tanto o agressor quanto a vítima precisam de apoio e orientação. Agressores muitas vezes sofrem emocionalmente e podem ter pais pouco presentes ou excessivamente exigentes e punitivos.
Veja como a família pode ajudar:
- Observar o comportamento: A família deve estar atenta a mudanças de comportamento que possam indicar que o filho está praticando bullying. Agressores podem carregar conflitos internos e descarregar essa carga negativa em outras pessoas.
- Diálogo e comunicação: É fundamental abrir um canal de comunicação em casa para que o agressor se sinta acolhido e para que a família possa entender a perspectiva dele sobre a situação. A falta de diálogo pode favorecer casos de bullying.
- Estabelecer expectativas e limites: Deixe claro quais são as expectativas sobre como o agressor deve tratar as outras pessoas e certifique-se de que a própria família seja um modelo de comportamento respeitoso. A imposição de regras e o fortalecimento dos laços familiares são importantes.
- Buscar ajuda profissional: Profissionais da psicologia são imprescindíveis no tratamento do bullying, pois podem acolher os envolvidos e possibilitar discussões construtivas. A terapia cognitivo-comportamental pode ajudar os jovens a gerenciar seus sentimentos e lidar de forma positiva. O acompanhamento familiar por meio de orientação parental também é recomendado.
- Trabalho em conjunto com a escola: A família e a escola devem atuar em conjunto para combater o bullying, considerando todos os envolvidos (vítimas, agressores e espectadores). É importante que a família participe das reuniões pedagógicas e mantenha uma escuta ativa em relação às observações dos profissionais da educação.
- Promover a empatia e o respeito: Educar os filhos para que convivam em sociedade respeitando as diferenças e sendo tolerantes é essencial. O ensino de direitos humanos e a promoção de uma cultura de cidadania são formas eficazes de combater o bullying.
- Ambiente familiar acolhedor: Um ambiente familiar acolhedor, com modelos parentais e educacionais adequados, possibilita o desenvolvimento da autoestima, assertividade e autoconfiança nas crianças, minimizando as chances de buscarem aprovação por meio de práticas ofensivas.
- Identificar a raiz do problema: Agressores podem ter sofrido exposição a conteúdos violentos em filmes, desenhos ou brincadeiras, tendendo a repetir esses comportamentos. A má relação familiar também pode estar ligada ao bullying.
- É importante lembrar que o bullying não é uma "fase" ou uma "brincadeira", mas sim atos de violência que causam prejuízos a todos os envolvidos. A prevenção e a intervenção devem ser abordadas de forma abrangente, com o envolvimento da família, da escola e de profissionais especializados.