No ultimo final de semana, aconteceu em São Paulo, um festival de dança circular.
Pessoas de todas as regiões do Brasil, estavam presentes. 260 inscritos!!!!!!
Eu era uma delas. Nunca havia participado de um encontro destes.
Música boa, instrutores que ensinavam com paciência cada passo a cada música diferente.
Havia todo tipo de gente, gênero, cor, idade, todos juntos dançando e unidos.
A roda só funciona se houver foco, entrega.
Também, a disponibilidade para o novo, o inédito.
Participar de movimentos harmônicos, junto a tanta gente, sem crítica, sem julgamento. Deixar a musica levar. Confiar no outro, é o que faz a dança circular acontecer.
A dança da vida é algo semelhante.
Tentamos ir atrás e entender o que pudermos: só que nem sempre é possível compreender o porquê das coisas!
A vida nos surpreende a todo momento, com acontecimentos inesperados e fora de nosso controle.
“Dançar conforme a música”, é uma arte nem sempre fácil.
Aceitar o novo, digerir o inesperado e seguir adiante.
Muitas vezes os imprevistos nos levam a perceber coisas novas e impensáveis. Muitas vezes, passado algum tempo, podemos reconhecer que uma determinada crise pode promover crescimento e aprendizado.
Fui timidamente, participar do festival de dança circular, mas aos poucos, consegui me soltar, ser um elo a mais daqueles movimentos sincrônicos e me sentir parte do todo! Era um mar de gente em movimentos simples e agradáveis.
Musica boa, onde todos são iguais: jovens, nem tão jovens...A emoção de estar presente e integrada na dança, como uma prece onde todos oram no mesmo sentido. Sincronicidade nos passos e no coração por paz, liberdade e harmonia!
Ao final, senti gratidão a todos que ali estavam e a vida que pode proporcionar momentos assim. E agradecida por ter me permitido experimentar mais uma vivencia inédita!
Miriam Goldstajn
Psicóloga
