DDA é um transtorno neurobiológicoque aparece ainda na infância e tem causas genéticas, podendo permanecer por toda a vida da pessoa ou desaparecer na adolescência (aproximadamente 40%).
Foi descrito pela primeira vez no início do século XX, recebendo diversas denominações como: Lesão Cerebral Mínima, Disfunção Cerebral Mínima, Síndrome da Criança Hiperativa, Distúrbio Primário da Atenção, e Distúrbio de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade.
É uma condição física de causa genética, caracterizando-se pelo mau funcionamento de algumas partes do cérebro como o Corpo Caloso, os Lobos Frontais, o Cerebelo, os Gânglios da Base, o Sistema Dopaminérgico e o Sistema Noradrenérgico. Mas não é apenas por deficiências nessas áreas que pode ocorrer o distúrbio; pode ser por falta de atividade elétrica ou uma menor atividade, ou ainda ter relação com a menor circulação sanguínea e a má gestão da glicose. Devido a isso a criança tem uma comunicação ruim entre os neurônios e outras partes do cérebro.
O Déficit de Atenção é o transtorno mais comum: ocorre em cerca de 5% das crianças, mas os sintomas diminuem com o acompanhamento médicomedicamentoso (indicação de neurologistas ou psiquiatras).
Deve-se ressaltar que quanto mais a pessoa com Déficit de Atenção tenta se concentrar, mais dificuldade ela apresenta no entendimento da ordem ou da situação. Estudos já comprovaram que a atividade no córtex pré-frontal se desliga no lugar de ligar. Assim, o indicado é não exigir que a pessoa tente se concentrar (principalmente as crianças) porque o resultado pode ser o oposto.
Dentre as características do DDA podemos salientar: corpo hiperativo; mente sem atenção; distração; impulsividade; impaciência; desorganização; fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo; dificuldade em focar a atenção por períodos maiores de tempo; inteligência, mas muitas vezes com pouco rendimento; dificuldades em seguir regras ou instruções; pensamento rápido; criatividade.
Podem-se também destacar os seguintes sintomas em crianças com DDA: incapacidade de prestar atenção a detalhes; dificuldade em ouvir; dificuldade em terminar coisas; distração; dificuldade em expressar os sentimentos; apatia ou falta de motivação; dificuldade de permanecer sentado; dificuldade em esperar sua vez.
Temos aspectos positivos e negativos nas crianças com DDA. Dentre os aspectos positivos encontramos a criatividade; muitas vezes alta inteligência; forte senso de intuição. Já entre os aspectos negativos temos a desorganização (dificuldade em completar tarefas; falta de senso de horário; bagunça); distração e esquecimento. Também gosta de correr riscos.
Como consequência, podem apresentar dificuldades em algumas áreas como as de linguagem; aspectos emocionais ligados ao relacionamento interpessoal com amigos e familiares, auto-estima, humor (alguns ficam com frequência mal humorados).
A hiperatividade pode ou não estar presente nas crianças com DDA; nesse caso, chamamos o distúrbio de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade).
O psicopedagogo é o profissional adequado para o trabalho com as crianças e adolescentes com DDA e TDAH, pois é ele quem poderá dar subsídios para que a criança e adolescente superem suas dificuldades, orientando a família e a Escola num trabalho eficaz. Em minha clínica tenho vasta experiência no atendimento de crianças e adolescentes com esse transtorno com ótimos resultados.