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Quando a Fala Não Sai Como Deveria: O Que É Dislalia?

A dislalia representa um dos transtornos de linguagem mais comuns no ambiente escolar, afetando significativamente o desenvolvimento acadêmico e social das crianças. Como psicopedagoga, observo diariamente os desafios enfrentados por alunos que apresentam dificuldades na articulação correta dos fonemas, bem como o impacto que essa condição pode ter em seu processo de aprendizagem e autoestima.

A escola, como instituição educacional fundamental, desempenha um papel crucial no apoio e desenvolvimento de estratégias que possibilitem a inclusão efetiva e o progresso acadêmico desses alunos. O objetivo deste material é fornecer orientações práticas e fundamentadas para educadores, gestores escolares e demais profissionais da educação sobre como criar um ambiente escolar verdadeiramente inclusivo e eficaz para crianças com dislalia.

É importante compreender que a dislalia não é simplesmente uma "fase" que a criança irá superar naturalmente, nem tampouco indica falta de inteligência ou capacidade de aprendizagem. Trata-se de um distúrbio específico da fala que requer atenção especializada e estratégias pedagógicas diferenciadas para que o aluno possa desenvolver todo seu potencial acadêmico e social.

Compreendendo a Dislalia no Contexto Escolar

A dislalia é definida como um distúrbio da fala caracterizado pela dificuldade em articular corretamente as palavras, podendo manifestar-se através da omissão, substituição, troca, distorção ou acréscimo de fonemas. Este transtorno da linguagem é perceptível na fala e, frequentemente, gera equívocos por parte daqueles que desconhecem sua natureza, levando à crença errônea de que o indivíduo simplesmente não possui conhecimento adequado da língua.

No ambiente escolar, a dislalia apresenta características específicas que merecem atenção especial dos educadores. Crianças com este distúrbio podem demonstrar dificuldades que vão além da simples articulação de palavras, impactando diretamente seu processo de alfabetização e desenvolvimento acadêmico. Como observa a literatura especializada, existe uma relação direta entre a forma como a criança fala e como ela escreve, seguindo o princípio de que "como falo, escrevo".

Principais Características da Dislalia

As manifestações da dislalia no contexto escolar podem ser observadas através de diversos indicadores. A criança pode apresentar trocas consistentes de fonemas, como a substituição do som "r" pelo "l", exemplificada pelo personagem Cebolinha, de Maurício de Sousa, que representa de forma lúdica essa realidade. Outras manifestações comuns incluem a troca de fonemas surdos por sonoros, como "t" por "d", "f" por "v", "p" por "b", e "q" por "g". 

É fundamental que os educadores compreendam que essas dificuldades não são resultado de preguiça, falta de atenção ou baixa capacidade intelectual. A dislalia tem origens diversas, podendo estar relacionada a alterações ou má formação dos órgãos fonadores ou auditivos, distúrbios do sistema nervoso central, fatores hereditários, imitação inadequada de modelos de fala ou até mesmo alterações emocionais.

Impacto no Desenvolvimento Acadêmico

O impacto da dislalia no desenvolvimento acadêmico é multifacetado e requer compreensão aprofundada por parte da equipe escolar. Estudos demonstram que as dificuldades ou distúrbios de aprendizagem afetam significativamente o desenvolvimento da aprendizagem de uma criança, gerando problemas escolares como o fracasso escolar, e até mesmo problemas no convívio em sociedade.

Na fase escolar, a criança com dislalia pode apresentar dificuldades específicas na escrita, que refletem diretamente suas dificuldades de articulação oral. Essa correlação entre fala e escrita torna-se particularmente evidente durante o processo de alfabetização, quando a criança precisa estabelecer a correspondência entre fonemas e grafemas. Sem o apoio adequado, essas dificuldades podem se perpetuar e comprometer o desenvolvimento acadêmico em diversas áreas do conhecimento.

Além das dificuldades acadêmicas diretas, é importante considerar o impacto psicossocial da dislalia. Crianças com esse distúrbio frequentemente são tratadas como incapazes ou preguiçosas por colegas e até mesmo por adultos que desconhecem a natureza do problema. Essa percepção equivocada pode levar ao desenvolvimento de baixa autoestima, ansiedade e resistência à participação em atividades que envolvam expressão oral, criando um ciclo negativo que compromete ainda mais o desenvolvimento da criança.

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